O plenário do Confea, reunido em Brasília no início do semestre, emitiu a Decisão Plenária 1191/2022 com o objetivo de esclarecer à sociedade e aos profissionais que engenheiros de diversas modalidades da área tecnológica, quando já registrados no Sistema Confea/Crea, não necessitam se registrar em outros Conselhos. A deliberação foi motivada pela exigência inadequada de registro do Conselho Federal de Química e seus respectivos regionais (CFQ/CRQ) para profissionais já registrados nos Creas, sobretudo, os engenheiros químicos.
A iniciativa acompanha outras ações já promovidas pelo Confea nesta frente. Em novembro de 2019, por exemplo, o Conselho entrou com Ação Declaratória de Nulidade de Ato Administrativo contra o CFQ.
Além da Engenharia Química, a recente determinação contempla também as seguintes áreas: Engenharia de Produção, Engenharia de Armamentos, Engenharia de Minas, Engenharia Metalúrgica, Engenharia de Petróleo e Engenharia Petroquímica, Engenharia Têxtil, Engenharia de Plásticos, Engenharia Sanitarista, Engenharia Ambiental, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia de Materiais Industriais, Engenharia de Papel e Celulose, Engenharia de Biotecnologia, Engenharia de Bioquímica, Engenharia de Explosivos, entre outras.
“Vimos a decisão do Confea como uma oportunidade de esclarecer essa dúvida que é comum aos profissionais sobre como devem seguir em relação aos seus registros. No Crea-SP, assim como nos demais Conselhos Regionais, o nosso compromisso com a área tecnológica está em proporcionar a valorização profissional”, ressaltou o presidente do Crea-SP, engenheiro Vinicius Marchese. Ele ainda destaca que ações como essa “vão ao encontro das necessidades dos engenheiros e reforçam o papel do Conselho na proteção desses profissionais”.
Outubro está sendo marcado pela inovação e renovação, dois conceitos que são aliados de todos nós que fazemos da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (AEA Marília) um ambiente de crescimento. A realização do Crea Jovem mostrou o potencial criativo dos futuros profissionais que, dentro de pouco tempo, estarão contribuindo para o crescimento e progresso de nosso Brasil.
Soluções inteligentes aliadas às altas tecnologias que diariamente nos são apresentadas nos trazem esperança e nos enchem de fé para um futuro promissor. Um exemplo da inteligência a serviço de todos está na reportagem que estamos reproduzindo nesta edição onde é abordada a alta tecnologia empregada para a composição dos melhores gramados que irão abrigar as estrelas do futebol mundial na Copa do Qatar. O mundial de futebol, diferente de anos anteriores que se realizava entre junho e julho, geralmente, desta vez será em dezembro. O clima desértico do emirado Qatar, com altas temperaturas, inviabilizava o torneio na sua época tradicional. Em dezembro, as temperaturas estarão mais razoáveis para os atletas.
Outubro está marcando a recondução do engenheiro de telecomunicações Vinicius Marchese ao cargo de presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo. Desejamos a Marchese uma ótima gestão, marcada sempre pela cooperação participativa e decisões democráticas.
Joaquim R. Mendonça Júnior
Engenheiro Agrônomo
Presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Marília
Quando estivermos todos ligados na tela da TV para acompanhar os jogos da Copa do Catar, experimente prestar mais atenção ao gramado dos estádios. Tem tecnologia brasileira em campo por ali para garantir uma boa performance dos atletas em meio aos embates intensos das jogadas.
“Sabe quando, às vezes, assistindo a um jogo, a gente vê o jogador correndo, caindo ou escorregando e voam uns pedaços de grama? A aplicação de alta tecnologia nos gramados garante que eventos como esse não mais ocorram e que essa vegetação não se solte, mesmo nos momentos de maior impacto”, ressaltou a conselheira do Crea São Paulo engenheira agrônoma Gisele Herbst Vazquez, coordenadora adjunta da Câmara Especializada de Agronomia do Crea-SP e especialista em fitotecnia, área da Agronomia que estuda o desenvolvimento das plantas de forma a aprimorar os processos de produção e, com isso, aumentar a produtividade agrícola.
Para evitar que os jogadores acabem comendo grama durante a partida, entram em cena diferentes técnicas de plantio. Além da disposição de grandes rolos de grama, procedimento que rendeu uma quebra de recorde mundial e citação no Guinness Book aos envolvidos, com a participação da empresa brasileira Greenleaf (que somou a Copa do Catar ao currículo já turbinado com o campeonato de 2014), quando 674 rolos de 700 quilos cada foram dispostos em 65 linhas de gramado em nove horas e 15 minutos, outros métodos também garantem belas (e eficientes) áreas verdes.
“A grama produzida comercialmente vem em grandes rolos e, após ser distribuída no solo, vai formando novas raízes e se fixando, o que garante que suporte o pisoteio”, esclarece a engenheira agrônoma. Inicialmente todo o solo do local é retirado e substituído por uma mistura de areia e matéria orgânica, chamado de topsoil. O plantio pode ser realizado por meio de diversas técnicas: por sementes (o mais barato e demorado), por tapetes (placas de grama de 62,5 x 40 cm), por rolos (com tamanho normalmente de 40 x 0,75 m, o que propicia a instalação de um gramado de forma rápida e com menos emendas), plugs (mudas de grama enraizadas com solo ou substrato em caixas plásticas, com custo bem menor que o tapete e o rolo) e sprigs (mudas de grama sem solo ou substrato, o que favorece a formação de um gramado de baixo custo, pois um único caminhão pode transportar sprigs suficientes para plantar uma área de 10.000 m2). “Neste último caso, como a muda é pequena e o plantio é espaçado, o solo fica mais exposto até a formação completa do gramado, que se dá aproximadamente 90 dias após o plantio. Além disso, recomenda-se que o projeto seja acompanhado por uma empresa e/ou técnico especializado, devido à maior complexidade e às técnicas necessárias”, explica Gisele.
O desafio dos especialistas responsáveis por preparar os gramados das áreas que receberão os jogos é garantir que a grama tenha um crescimento rápido e seja resistente ao pisoteio. “Justamente por isso, o gramado nesses campos será híbrido, com 10% de fibra sintética compondo o restante de vegetação natural. Com isso, o campo tolera quase o dobro do número de jogos por ano em relação ao gramado natural”, ressalta a conselheira.
Após o plantio da grama, máquinas específicas injetam fibras a uma profundidade de mais ou menos 18 cm, ficando 2 cm acima da superfície do solo. Um campo de futebol pode receber 20 milhões de fibras, o que garante uma aparência e sensibilidade natural, melhorando a drenagem e evitando que pedaços de grama se soltem do solo”, explica.
Mais da metade dos gramados dos estádios da Copa do Catar está a cargo da Greenleaf. No total, são quase 150 áreas verdes, entre campos de estádio e de treinamento, regularmente refrigerados e regados com água do mar dessalinizada.
“O engenheiro agrônomo participa de todas as etapas da instalação de um gramado, desde a seleção da espécie e da variedade de grama que será utilizada. Por meio de melhoramento genético são desenvolvidas variedades específicas para cada condição ambiental e finalidade de uso”, esclarece.
A melhor opção para as necessidades do Catar, segundo Gisele, é a grama da espécie Seashore paspalum variedade Platinum, tolerante a altas temperaturas, água salobra e períodos nublados prolongados. E o principal: resiste bastante ao pisoteio, tem um rápido crescimento e pode ser irrigada com água do mar.
O crescimento das plantas também pode ser estimulado usando-se um sistema específico de iluminação para garantir a realização da fotossíntese. O próprio Maracanã, depois que foi realizada a reforma para a Copa do Mundo de 2014, teve redução da área de sol no gramado. E até hoje são utilizadas lâmpadas especiais que iluminam o gramado, garantindo o adequado desenvolvimento das plantas. “Outra coisa muito interessante feita nos estádios é o sistema de irrigação e de drenagem dos gramados. A irrigação é toda automatizada por meio de aspersores rotores escamoteáveis, equipamentos próprios para essa atividade que são instalados submersos no solo e emergem somente na hora de irrigar o gramado. Por meio de sensores que medem a umidade do solo, o sistema de irrigação é ou não ativado, garantindo que as plantas recebam a quantidade exata e necessária para o seu pleno desenvolvimento” diz Gisele.
Ainda segundo a conselheira, o sistema de drenagem garante que o jogo de futebol prossiga e que a bola role de forma adequada mesmo sob chuvas intensas. Existem dois modelos de drenagem: por gravidade e a vácuo. Na drenagem gravitacional, sob o solo, existe um sistema de tubos drenantes perfurados dispostos normalmente em espinha de peixe, instalados com um pequeno desnível e que conduzem a água das chuvas para galerias e depois por bombas, para fora do gramado. Já no sistema a vácuo, utilizado por exemplo na Arena Corinthians, o processo de drenagem é exatamente o mesmo, a diferença é que existem dois tubos coletores fechados, ligados a uma bomba, que suga o ar dentro deles e gera um vácuo. “Esse vácuo exerce uma pressão e puxa a água, que desce muito mais rápido”, diz Gisele.
“Por meio de análise da fertilidade do solo e pelo estudo da necessidade de nutrientes pelas plantas, também é realizada a adubação do gramado. Ainda é realizado o controle de plantas daninhas e que podem competir com o gramado por luz, água e nutrientes, além de pragas e doenças, que interferem de maneira negativa no pleno desenvolvimento das plantas. Tudo isso precisa ser controlado de forma rápida, utilizando-se normalmente produtos químicos aplicados sob a responsabilidade técnica de engenheiros agrônomos”, observa.
A descompactação do gramado é outro ponto importante. “Quando o gramado fica muito compactado, o que interfere no pleno desenvolvimento do sistema radicular das plantas, entram em cena máquinas com ‘pinos sólidos ou vazados’ que perfuram o solo numa profundidade de 15 a 25 cm. As de pinos sólidos criam espaços para a aeração do solo e desenvolvimento das raízes. Já as de pinos vazados retiram tubetes de solo compactados, que posteriormente irão receber areia para melhorar a drenagem, diminuir a compactação e aumentar a aeração do solo, porque a grama é um ser vivo, que respira e precisa de ar”, explica.
O corte da grama é um capítulo à parte. “Quando se apara um gramado não se deve fazer apenas um corte horizontal. Existem máquinas que fazem o corte vertical, que é a retirada das folhas e raízes secas que ficam por baixo da parte verde superior do gramado, chamado de colchão ou thatch, de forma a promover o rejuvenescimento da grama e a formação de novos brotos”, diz. Já o corte horizontal pode ser realizado com lâminas helicoidais ou horizontais. “O sistema helicoidal é o mais utilizado em gramados profissionais de futebol por efetuar o corte de maneira semelhante a uma tesoura, não rasgando as folhas, proporcionando uma melhor cicatrização dos tecidos. O sistema horizontal com facas rotativas normalmente deixa as pontas das folhas serrilhadas, o que pode favorecer a entrada de doenças, comprometendo a sanidade das plantas”, acrescenta.
Uma das perguntas mais frequentes aos técnicos que trabalham com gramados é como são feitas as listras nos campos de futebol. Muitas pessoas acreditam que se trata de variedades diferentes de grama, altura de corte diferente e mesmo o uso de tintas ou corantes.
Diversos equipamentos contribuem, portanto, para garantir as melhores técnicas de implantação, manejo e crescimento dos gramados. “Tudo isso é desenvolvido por engenheiros agrônomos, engenheiros agrícolas e demais profissionais da Engenharia trabalhando todos juntos. A Engenharia está aí em tantas coisas, na construção e iluminação dos estádios, nos sistemas de irrigação e drenagem, na parte química dos fertilizantes e defensivos, nas máquinas e equipamentos, em toda a parte agronômica no estudo da relação solo-planta-atmosfera e nos aspectos climáticos avaliados pelos meteorologistas. Existe muita tecnologia em tudo que vemos ‘verde’, nos alimentos e bebidas que consumimos e exportamos, nas roupas que vestimos e nos gramados esportivos que nos divertem e alegram”, ressalta.
O engenheiro de telecomunicações Vinicius Marchese reassumiu a Presidência do Crea São Paulo no dia 3 de outubro. No período de abril a setembro, Marchese esteve licenciado do cargo para concorrer à Câmara dos Deputados pelo Estado de São Paulo. Durante o período, a vice-presidente do Crea-SP, engenheira civil Lígia Marta Mackey, conduziu a gestão do Conselho.
Após percorrer mais de 155 cidades, entre elas Marília, Marchese destacou a importância dos profissionais da área tecnológica para o desenvolvimento do Estado. “Na experiência que tivemos ao longo desses seis meses, conseguimos perceber ainda mais a necessidade de bons projetos que podem impactar positivamente a sociedade”, afirmou. A experiência vivida pelo Presidente contribui também para uma maior notoriedade do Sistema Confea/Crea junto à população, empresas e outros órgãos em todo o País. “Muitas portas se abriram durante esta fase. Estamos apenas começando um novo momento.”
O presidente ressaltou ainda o desempenho e comprometimento da Eng. Civ. Lígia Marta Mackey à frente do Crea-SP nesse período. “A experiência no Sistema Confea/Crea, somada à sua gestão como presidente de uma associação profissional, garante o preparo necessário para estar neste posto. E foi com toda a dedicação e desempenho da Lígia que demos continuidade aos nossos projetos durante o tempo que estive licenciado”, observou.
A vice-presidente engenheira civil Lígia Marta Mackey, por sua vez, agradeceu à confiança de Marchese, colaboradores e parceiros do Crea-SP. “Estar presidente do Conselho é uma honra e um privilégio. Tenho uma longa trajetória dedicada ao Sistema Confea/Crea e chegar a gestão do Crea-SP representa um marco importante na minha jornada profissional e pessoal. Encerro esse ciclo com a certeza de dever cumprido e preparada para continuar o trabalho em prol da área tecnológica”, afirmou.
Enquanto paredes são rebocadas e pisos são posicionados, estantes recebem placas de preço de produtos. A conclusão de uma obra de supermercado prestes a ser inaugurado é assim: muita movimentação e trabalho intenso acontecendo simultaneamente. Com mais de 100 mil unidades de supermercados em operação em todo o estado de São Paulo, foi registrado um crescimento de 4% em 2021, que representa cerca de 20 mil novas lojas. Com o aquecimento desse mercado, é importante estar atento à necessidade de responsáveis técnicos à frente das atividades da área tecnológica.
Elaboração de projetos, serviços e obras, desde a sua execução até o funcionamento para o público, são algumas das atribuições dos profissionais. “Para cada área, precisamos checar se há responsável técnico registrado no Crea-SP e a documentação, como a Anotação de Responsabilidade Técnica”, explica o agente fiscal do Crea-SP, Adolfo Carvalho Franco.
A ação, porém, não fica restrita à construção. Quando os supermercados estão em funcionamento, agentes fiscais do Conselho verificam se todos os procedimentos de manutenção estão sendo realizados por profissionais registrados, como nos sistemas de elevadores, ar-condicionado, câmaras frias, entre outros. “Além das atividades habituais de construção civil presentes em qualquer tipo de obra, fiscalizamos questões específicas de cada instalação. Em um supermercado, por exemplo, temos um amplo sistema de refrigeração que demanda alta carga elétrica”, completa Franco.
Para o engenheiro civil Ronaldo Couto Ferro, responsável técnico pela obra de uma unidade de supermercado já fiscalizada pelos agentes do Conselho, a presença do Crea-SP traz segurança e qualidade em todo o processo. “A fiscalização é muito positiva, porque exige que tudo seja feito de forma correta e conseguimos ter um controle de qualidade técnica. Então, precisamos enxergar como uma parceria”, observa.
Investimento em obras, publicações e palestras técnico-científicas foram o destaque da fala do presidente do Confea, no final de novembro, durante o Colégio de Presidentes,realizado em Teresina, capital do Piauí. “Já foram concluídas dez obras e reformas de sedes e inspetorias nos Estados, e 26 estão em execução; totalizando R$ 37,2 milhões em convênio com os Creas”, informou o engenheiro civil Joel Krüger, acrescentando que outros R$ 18,1 milhões estão conveniados com os Regionais, por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Sistema Confea/Creas e Mútua (Prodesu), que abrange quatro linhas voltadas para melhorias como aperfeiçoamento da fiscalização, treinamento corporativo, estruturação tecnológica das unidades de atendimento.
A entrega de informação aos profissionais e estudantes de Engenharia, Agronomia e Geociências é outra prioridade da atual gestão. “Com R$ 9,2 milhões, patrocinamos 29 publicações, 38 estandes e 137 eventos que incentivam inovação, atualização e geração de conhecimento técnico-científico”, disse o presidente do Confea.
77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia
Nessa linha, Krüger salientou os números da 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), que proporcionou aos profissionais 46 apresentações realizadas por 102 palestrantes e 32 moderadores, além de quatro minicursos, 20 exposições na Ilha da Inovação e 24 reuniões de entidades de classe e fóruns consultivos. Com o formato híbrido, a Soea promovida em outubro passado, em Goiânia (GO), entregou conteúdo a 3.120 participantes presenciais e 3.850 que acompanharam a programação virtualmente.
Já a promoção do 11º Congresso Nacional de Profissionais (CNP) viabilizou a participação de 512 representantes de todo o Brasil em debates sobre 59 propostas de inovação tecnológica, infraestrutura e atuação profissional, tendo sido validadas 48; todas alinhadas aos grandes temas nacionais.
No âmbito internacional, o Confea tem buscado fortalecer parcerias com entidades de outros países e ampliar o mercado de trabalho para os brasileiros. Assim, lideranças marcaram presença em reuniões recentes com a American Society of Mechanical Engineers (Asme), em Ohio (EUA); American Society of Agronomy (ASA), em Baltimore (EUA); World Federation of Engineering Organizations (WFEO/Unesco) em Paris (França); e American Society of Civil Engineers (ASCE), na Califórnia (EUA). Também participaram das discussões na Conferência do Clima da ONU (COP 27), no Egito.
Vantagens para profissionais
Paralelamente, a Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua) tem oferecido outras vantagens aos registrados do Sistema, como demonstrou o diretor-presidente, eng. agr. Francisco Almeida. Em parceria com o Sebrae, por exemplo, foram capacitados 155 profissionais na área de empreendedorismo, enquanto R$ 300 mil são destinados à Jornada BIM (Modelagem de Informação da Construção) para treinar mais de 230 pessoas.
“De janeiro até agora, a Mútua destinou R$ 7,8 milhões para promoção de 560 palestras e treinamentos em parceria com 310 entidades”, listou Almeida, acrescentando que a instituição tem aprimorado a gestão a partir da desburocratização e adoção de Business Intelligence (BI) para tomada de decisões e monitoramento das áreas internas, com foco em análise de finanças, indicadores e benefícios.
Coordenador adjunto da Comissão Especial do Mérito do Crea-SP, o engenheiro químico Luís Renato Bastos Lia, membro da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos, informou, durante os trabalhos da sessão plenária de outubro, realizada no auditório da Sede Angélica, que o colegiado analisou e aprovou todas as indicações das Câmaras Especializadas para as homenagens do Mérito Paulista, também apreciadas pelos conselheiros na ocasião.
Cada Câmara Especializada do Crea-SP ficou responsável pela indicação de homenageados para três possíveis categorias: o Diploma de Mérito da Engenharia e Agronomia Paulista, a inscrição no Livro de Mérito e a Menção Honrosa para o exercício de 2022. Serão destacados seis profissionais e duas instituições de ensino:
Indicação da Câmara Especializada de Engenharia Civil – CEEC
Engenheiro Civil Paulo Roberto de Queiroz Guimarães – in memoriam (inscrição no Livro de Mérito do Crea-SP)
Indicação da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica – CEEMM
Engenheiro Industrial Mecânico Antônio Carlos Tambellini Bettarello (Diploma de Mérito)
Indicação da Câmara Especializada de Engenharia Química – CEEQ
Centro Universitário FEI (Menção Honrosa)
Indicação da Câmara Especializada de Engenharia de Agrimensura – CEEA
Engenheiro Cartógrafo Cesar Antonio Francisco (Diploma de Mérito)
Indicação da Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho – CEEST
Engenheira Civil e Engenheira de Segurança do Trabalho Fernanda Giannasi (Diploma de Mérito)
Indicações da Câmara Especializada de Geologia e Engenharia de Minas – CAGE
Engenheiro de Minas Lineu Azuaga Ayres da Silva (Diploma de Mérito)
Engenheiro de Minas Luiz Alberto Dias Menezes Filho – in memoriam (Livro do Mérito)
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Menção Honrosa)
A cerimônia do Mérito Paulista está prevista para a última sessão plenária do ano, marcada para o dia 8 de dezembro, quando homenageados e familiares estarão reunidos no plenário do Crea-SP.
Os olhos do mercado mundial estão voltados para o Brasil: as startups brasileiras receberam US$ 9,4 bilhões em investimentos em 2021, de acordo com o relatório anual Inside Venture Capital. Negócios escaláveis, inovadores e tecnológicos encontram terreno fértil para se desenvolver. Diante desse cenário, o Crea-SP abriu mais um espaço para que profissionais e empresas possam se conectar: o banco de startups – as interessadas já podem se cadastrar no novo ambiente.
O chefe da Equipe de Inovação do Crea-SP, engenheiro Augusto Pantaleão, explica que a iniciativa integra o CreaLab, plataforma que alavanca ações inovadoras dentro do Conselho. “Criamos este ambiente para que profissionais, empresas e startups possam fazer um ‘match’ de conexão. A ideia é que seja um banco de dados aberto, para que todos tenham acesso para consultar, pesquisar, e encontrar soluções para suas dores”, ressalta.
Para o presidente do Crea-SP, engenheiro Vinicius Marchese, essa é uma oportunidade de construir mais uma ferramenta de integração entre os profissionais e o mercado de trabalho. “Em um mundo hiperconectado, há cada vez mais demanda por dados relevantes e confiáveis, em locais onde o contato entre as pessoas é utilizado como potencial de transformação”, destaca.
Com a tecnologia BI da Microsoft, as informações disponibilizadas pelas startups, via questionário, compõem um mapeamento que apresenta uma série de indicadores, como o nível de maturidade, segmento de atuação, região do Estado, investimentos recebidos, quantidade de clientes, entre outros.
Construtech, agtech, energytech, healthtech e mobilidade são algumas das categorias relacionadas no formulário. Além disso, as startups informam com qual desafio do CreaLab se relacionam: Fiscalização 4.0, Eficiência Operacional, Otimização do Relacionamento, Engenharia 4.0 e Cidades Inteligentes.
Lambe-lambes em branco convidam os participantes a deixarem suas marcas com mensagens, desenhos e assinaturas. Cartunistas rascunham ideias no papel e traduzem a complexidade do assunto em tirinhas de quadrinho. Câmeras de celular apontam para um QR Code e acessam um jogo com desafios a serem superados a cada fase. Uma cabine 360º movimenta a sala e registra as cenas em fotos e vídeos. Foi neste cenário interativo e dinâmico que o XIII Encontro Crea-SP Jovem aconteceu em 29 de outubro, na Sede Angélica do Conselho, onde mais de 400 pessoas puderam assistir a debates sobre inovação, empreendedorismo e cidades inteligentes.
Promovido pela Comissão Crea-SP Jovem, o evento faz parte do calendário anual dos futuros profissionais da área tecnológica em São Paulo. O presidente do Conselho, Eng. Vinicius Marchese, parabenizou o empenho da Comissão e dos colaboradores do Crea-SP. “Este é o momento em que abrimos as portas para que conheçam a função do Conselho e as potencialidades que podemos construir juntos, principalmente nesse momento de formação profissional. O Crea-SP passa por um processo de transformação, de abertura e modernização, e hoje convidamos vocês a fazerem parte disso, para continuarmos a melhorar a nossa casa. Esse é o nosso objetivo”, afirmou.
Em sua 13ª edição, o encontro possibilitou a participação de todo o Estado: foram mais de 60 municípios representados. Para que os estudantes, recém-formados e jovens profissionais pudessem mergulhar ainda mais no universo da área tecnológica e do Crea-SP, um game deu o start na programação. O desafio dos jogadores era o de construir uma cidade inteligente. Para isso, precisavam estar atentos ao conteúdo transmitido no evento e realizar desafios interativos no ambiente. A pontuação dos participantes estava contabilizada em um placar.
Além disso, essa edição trouxe mais um aspecto lúdico para a transmissão de conhecimento. Os cartunistas Diogo Mendes, Douglas Vieira e Marcel Zamarrenho, da Alavanca Criatividade, acompanharam as palestras e capturaram os pontos principais para transformar em uma série de quadrinhos. Esse processo é chamado de facilitação gráfica. “Sintetizamos o conteúdo em imagens e textos para inspirar as pessoas e fazer com que se lembrem do que aprenderam”, completou Zamarrenho.