Com o objetivo de direcionar os engenheiros e arquitetos na trilha da criatividade à inovação, apresentando os caminhos para minimizar riscos e promover a viabilização de uma ideia de negócio, produto ou serviço, a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, AEA Marília, promove no dia 26 de agosto, (segunda-feira), a partir das 19 horas, uma rodada de ‘Master Mentoring’ com Leandro Tenório, especialista em Finanças além de consultor e assessor empresarial em Estratégias de Negócios, Inovação e Finanças Corporativas.
A palestra ‘Empreendedorismo e a rota da Inovação’ acontece no salão de eventos da entidade e é oferecida aos associados e profissionais interessados em expandir negócios ou conhecer mais sobre empreendedorismo e inovação para colocar ideias em prática. O evento quer impulsionar a corrente de que nenhuma empresa que fique “engessada no tempo” poderá se sustentar a longo prazo ou continuar crescendo no mercado.
Leandro Tenório irá trilhar um caminho com os participantes, desde a ideia até a viabilidade econômico-financeira desta, de forma que se possa gerar inovação e, consequentemente, a alavancagem da operação. “A sociedade continua evoluindo rapidamente, e as empresas necessitam se adaptar para continuar aproveitando as oportunidades, gerando novas ideias e, consequentemente, inovando pelo fato de alguém estar disposto a pagar por esta ideia ”, afirma Leandro.
Incentivo para novas ideias para empreender
Esta rodada de ‘Master Mentoring’ certamente vai impulsionar insights nos participantes, garante o palestrante. “Todos serão incentivados a repensarem seus empreendimentos e sairão com várias ideias e anotações, pois trata-se de um momento de trocas de experiências, abordando alguns casos de empresas que irão ilustrar toda a jornada da inovação”.
Bacharel em Administração, com MBA em Controladoria e Finanças, MBA em Marketing e Propaganda, MBA em Gestão de Projetos, e MBA em Gestão de Negócios Digitais, Leandro Tenório é especialista em Finanças e, atualmente, atua como consultor e assessor empresarial em Estratégias de Negócios, Inovação e Finanças Corporativas. Empreendedor na área Digital, é CEO da Ludik (uma plataforma para gestão de tarefas, pessoas e finanças de escritórios de contabilidade e de advocacia) e da Mentup, uma plataforma para a análise de viabilidade econômico-financeira de projetos, produtos e serviços.
O empresário e docente da Univem Marília coordena os cursos superiores de Tecnologia em Gestão e dentre os serviços na área financeira, destaca-se o BPO Financeiro, que nada mais é que a terceirização da área financeira da empresa, implantando uma controladoria para que os diretores se concentram na área fim da organização. Os interessados devem se inscrever no telefone (14) 98121-9548 ou pessoalmente na sede da associação.
Serviço
Palestra: ‘Empreendedorismo e a rota da Inovação’
Dia: 26/08/2024
Hora: 19:00
Local: AEA Marília, rua Mecenas Pinto Bueno, nº 1.207
Jardim Maria Izabel, Marília
Evento gratuito
Informações (14) 98121-9548
O Artigo 4º do Regimento do Crea São Paulo trata das competências e funções do conselho. Confira a legislação
Art. 4°. Compete ao Crea, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo:
I – cumprir e fazer cumprir a legislação federal, as resoluções, as decisões normativas, as decisões plenárias baixadas pelo Confea, os atos normativos e os atos administrativos baixados pelo Crea;
II – apresentar ao Confea proposta de resolução e de decisão normativa;
III – baixar atos normativos destinados a detalhar, a especificar e a esclarecer, no âmbito de sua jurisdição, as disposições contidas nas resoluções e nas decisões normativas baixadas pelo Confea;
IV – elaborar e alterar seu regimento a ser encaminhado ao Confea para homologação;
V – elaborar proposta de renovação do terço de seu Plenário a ser encaminhada ao Confea para aprovação;
VI – instituir câmara especializada;
VII – instituir grupo de trabalho ou comissão em caráter permanente ou especial;
VIII – organizar o sistema de fiscalização do exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;
IX – instituir inspetoria;
X – instituir órgão administrativo de caráter consultivo no âmbito das inspetorias;
XI – promover a unidade de ação entre os órgãos que integram o Sistema Confea/Crea;
XII – manter intercâmbio com outros Creas, visando à contínua troca de informações sobre seus objetivos comuns e uniformização de procedimentos;
XIII – analisar, em primeira instância, defesa de pessoas físicas e jurídicas;
XIV – analisar, em segunda instância, recursos de pessoas físicas e jurídicas sobre registros, decisões e penalidades, oriundos das câmaras especializadas;
XV – encaminhar ao Confea, para julgamento em última instância, recursos de pessoas físicas e jurídicas acompanhados dos respectivos processos;
XVI – analisar demais assuntos relativos ao exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo
XVII – anular qualquer de seus atos que não estiverem de acordo com a legislação em vigor;
XVIII – deliberar sobre assuntos administrativos e de interesse geral, e sobre casos comuns a duas ou mais profissões;
XIX – apreciar os requerimentos e processos de registro de profissional e de pessoa jurídica;
XX – receber os pedidos de registro de obras intelectuais concernentes às profissões abrangidas pelo Sistema Confea/ Crea a serem encaminhados ao Confea para análise;
XXI – organizar e manter atualizados os registros de entidades de classe e de instituições de ensino, para fins de representação no Crea;
XXII – manter atualizado o cadastro de cargos e de funções dos serviços estatais, paraestatais, autárquicos e de economia mista de sua jurisdição, para cujo exercício seja necessário o desempenho das atividades da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia ou da Meteorologia, em seus níveis médio e superior, a ser encaminhado ao Confea, anualmente, para publicação;
XXIII – manter atualizados os cadastros de títulos, de cursos e de escolas de ensino médio e superior, de profissionais e de pessoas jurídicas registrados em sua jurisdição a serem encaminhados ao Confea, anualmente, para publicação;
XXIV – publicar relatórios de seus trabalhos e relação de pessoas jurídicas e de profissionais registrados;
XXV – unificar jurisprudência e procedimentos de suas câmaras especializadas, quando divergentes;
XXVI – registrar tabela básica de honorários profissionais elaborada por entidade de classe;
XXVII – organizar e realizar o Congresso Estadual de Profissionais – CEP;
XXVIII – promover, junto aos poderes públicos e instituições da
sociedade civil, estudos e encaminhamento de soluções de problemas relacionados às áreas de atuação das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;
XXIX – promover estudos e campanhas de valorização profissional, bem como medidas que objetivem o aperfeiçoamento técnico e cultural do engenheiro, do arquiteto, do engenheiro agrônomo e demais profissionais da área tecnológica;
XXX – promover, por ocasião da renovação do terço do Plenário, capacitação em legislação profissional dos conselheiros regionais indicados para o Plenário do Crea;
XXXI – orientar e dirimir dúvidas, suscitadas no âmbito de sua jurisdição, sobre a aplicação da legislação profissional;
XXXII – elaborar, anualmente, seu orçamento a ser encaminhado ao Confea para homologação; Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo
XXXIII – elaborar seu balancete de receitas e despesas a ser
encaminhado ao Confea;
XXXIV – adquirir, onerar ou executar obra, serviço, inclusive de
publicidade, compra, alienação e locação de acordo com a legislação em vigor;
XXXV – celebrar convênios com órgãos públicos e privados, instituições da sociedade civil, entidades de classe e instituições de ensino desde que estes sejam pertinentes aos objetivos e prerrogativas do Sistema Confea/Crea; e
XXXVI – homenagear, de acordo com normas e critérios estabelecidos em ato normativo próprio homologado pelo Confea,
instituição de ensino, entidade de classe, pessoa jurídica, pessoa física ou profissional de sua jurisdição, que tenha contribuído para o desenvolvimento tecnológico do país, para o desenvolvimento de atividades do Sistema Confea/Crea ou tenha ocupado cargo ou exercido função no Crea.
Painel Online é o boletim informativo da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Marília
Edição de Agosto de 2024
Diretoria
CONSELHO ADMINISTRATIVO
Eng. Civil Vitor Manuel C. de Sousa Violante
Presidente
Eng. Agrônomo Nelson Martins Barreto Júnior
Vice Presidente
Eng. Agrônomo Walter Cação Júnior
Administrativo
Eng. Civil Haroldo de Mayo Bernardes
Adj.Administrativo
Eng. Eletricista Edson Navarro
Financeiro
Eng. Eletricista Antônio Carlos N. de Souza Júnior
Adj. Financeiro
Eng. Agrônomo Caetano Motta Filho
Social
Arquiteta Clédina Emiko Yamashita
Adj. Social
Eng. Civil Rúbio Galharim
Esportes e Lazer
Eng. Civil Leonardo Mathias Rampinelli
Adj. Esportes e Lazer
Eng. Civil Filipe Ceolin de Abreu
Cursos e Palestras
Eng. Civil James Lancaster D. de Moraes Salles
Adj. De Cursos e Palestras
Eng. Civil Nivaldo João da Cruz
Patrimônio
Arquiteta Larissa Yuri Ishi Amaral
Adj. De Patrimônio
Eng. Agrônomo Joaquim R. Mendonça Junior
Comunicação
Eng. Civil Lorena Sabaini da Silva
Adj.Comunicação
Jornalista-responsável Ramon Barbosa Franco – Mtb 32.103
Reportagens Mariano Rocha
02/08
LUCIO DE OLIVEIRA LIMA JUNIOR
Geólogo
03/08
ARLINDO PINHEIRO DA SILVEIRA
Engenheiro Agrônomo
04/08
FAUSTO SHINITI FUJIKAWA
Engenheiro de Computação
05/08
LUÍS ANTÔNIO VALENTE JUNIOR
Engenheiro Civil
07/08
NELSON MARTINS BARRETO JUNIOR
Engenheiro Agrônomo
12/08
FELIPE NAIDELICE BERETTA
Engenheiro de Produção
15/08
EDSON ALCIONE PROHMANN
Engenheiro Eletricista
18/08
AUGUSTO FERRAZ DE CAMPOS
Engenheiro Eletricista
21/08
AMORIM DE OLIVEIRA
Engenheiro Civil
22/08
BRUNO BATISTA DE PAULA
Arquiteto Urbanista
ANTONIO DA SILVA
Engenheiro Civil
24/08
AMARILIS DE LARA SILVA
Arquiteto Urbanista
ÉCIO VIDOTTI FILHO
Engenheiro de Alimentos
RAFAELA BRANDÃO SIMÕES OLÉA
Arquiteto Urbanista
26/08
FLÁVIA FERNANDES OHOSEKI
Arquiteto Urbanista
IVAN GIROTO
Engenheiro Civil
27/08
DENISE BORDINHÃO MAGAROTTO
Arquiteto Urbanista
28/08
CAIO TURRA DE SOUZA
Arquiteto Urbanista
MARLI JACOMINI MENEGUCCI
Engenheiro Civil
29/08
CELIA REGINA MATARUCCO
Arquiteto Urbanista
30/08
GILSON KATASHI YOSHIDA
Engenheiro Civil
31/08
BRUNO PREZIA REZENDE
Engenheiro Civil
TADEU CORSI
Engenheiro Agrônomo
A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos, a AEA Marília promoveu recentemente excursão técnica para imersão na Casa Cor 2024, evento que exibiu projetos arquitetônicos assinados por nomes consagrados no mercado. Os associados que participaram da viagem contam suas experiências na capital paulista.
A excursão saiu da frente da AEA Marília em 27 de junho (quinta-feira) e levou associados, não-associados e estudantes interessados em participar da edição 2024 da Casa Cor, que segue até o dia 28 de julho e ocupa uma área de 9 mil metros quadrados dentro de um marco arquitetônico paulistano, o Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista.
A Casa Cor São Paulo 2024 exibe 75 projetos que traduzem o tema ‘De presente, o agora’, entre eles, cinco são instalações artísticas e um será montado pela 1ª vez em uma comunidade. O evento chega em sua 37ª edição e evidencia nomes consagrados como Fernanda Marques, Brunete Fraccaroli, David Bastos, José Roberto Moreira do Valle, Leo Shehtman e Rosa May Sampaio.
O engenheiro civil e diretor adjunto administrativo, Haroldo de Mayo Bernardes, ressalta que é sempre muito interessante e inovador participar de uma visita técnica à Casacor 2024. “Neste ano a famosa exposição de arquitetura, decoração e paisagismo mostra a ancestralidade e o futuro e esses temas inspiraram a todos para novos trabalhos. Fizemos um giro pelos 70 ambientes e 5 instalações especialmente concebidas pela atmosfera da miscigenação que os portugueses trouxeram ao Brasil e que se misturou com a cultura indígenas, ou melhor, dos povos originários e descendentes de africanos”, disse Haroldo de Mayo.
Segundo ele, a busca por uma cultura autêntica brasileira, a partir de suas raízes mais profundas, se deu em cada pintura, mobiliário, mural e escultura em exposição. “As instalações mostram num vocabulário atual, alguns elementos que acompanham os projetos arquitetônicos há séculos, dos caboclos às grandes metrópoles”, explica o engenheiro civil.
A visão da arquiteta, Larissa Yuri Ishi Amaral, esteve voltada para os ambientes diferenciados da Casa Cor 2024. “Vimos muitas novidades e tendências em conjunto com o tema proposto para este ano que é “De presente, o Agora”. E o espaço que mais me chamou a atenção foi o da Arquiteta Laura Rocha + Consentino”, revela Larissa Ishi.
Ela ressalta que se encantou com o pequeno tour pelos ambientes criados na Casa Cor 2024. “Todos os ambientes tinham um motivo ímpar e cada projeto destaca elementos importantes na decoração. Vale ressaltar que os detalhes dão destaques aos projetos. Valeu muito participar e conhecer as tendências da Casa Cor 2024”.
[Conteúdo produzido pela Patmus Editorial, jornalista-responsável Ramon Barbosa Franco, Mtb 32.103, @ramonbarbosafranco]
O Conselheiro Dimas Ramalho representou o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), nesta segunda-feira, 22/7, em evento do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP). Sua participação se deu ao proferir palestra na “Trilha de Desenvolvimento em Gestão Pública”.
O programa é composto por 12 módulos, com especialistas renomados em gestão pública, abordando diferentes temas a cada encontro. O Conselheiro Dimas Ramalho participou do sexto módulo, com o tema “Administração Pública e o controle externo: o papel do Tribunal de Contas”.
A aula foi aberta pela Presidente do Crea-SP, engenheira Ligia Marta Mackey e pelo Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Vinicius Marquese.
O Conselheiro Dimas Ramalho reforçou a necessidade de a Engenharia precisa ter presença no Brasil. “Precisamos de grandes obras. Precisamos regularizar a questão das Prefeituras, combater as obras clandestinas. É preciso ir firme na lei e buscar as tecnologias”, discursou.
Em sua apresentação, o Conselheiro mostrou qual é a atuação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e sua estrutura de trabalho. “No Tribunal temos a capacidade de fiscalizar e verificar o gasto de cada município, de cada agente público. Temos os painéis e mapas que mostram isso, incluindo nosso Painel de Obras Paradas, que muito diz sobre o trabalho de vocês”, apontou.
Dimas Ramalho ainda ressaltou a ação pedagógica do TCESP, focada em orientar para o bom uso dos recursos públicos em benefício da sociedade.
Após a palestra, a aula ainda seguiu com a apresentação de Rafael Hamze Issa, Assessor Técnico do Gabinete do Conselheiro Dimas Ramalho, bem como espaço para interações com a plateia presencial e online, mediada pelo Presidente do Confea e pelo Diretor e Professor de pós-graduação em Cidades Inteligentes e Sustentáveis da Uninove, Wilson Levy.
Confira a íntegra da aula neste link: https://www.youtube.com/live/lJMEDUat3Wg.
Retomadas pelo presidente Ernesto Geisel em 1974, as relações comerciais entre Brasil e China superam seus índices a cada ano. Agronegócio, mineração, energia e celulose estão entre as principais atividades que tornaram o país asiático o principal parceiro comercial brasileiro desde 2009. Na manhã desta quinta-feira (1/8), o comércio bilateral foi debatido por lideranças dos dois governos e empresários no seminário “Brasil e China – 50 anos de Amizade: finanças verdes, descarbonização e investimentos”, em Brasília.
O evento promovido pelo site/TV Brasil 247 sistematizou uma série de indicadores e expectativas para incrementar essa parceria, sobretudo no contexto da Nova Indústria Brasil, lançada pelo governo no início do ano. “Temos um papel decisivo na segurança alimentar da China”, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloísio Mercadante. “Em um mundo complexo em que nós estamos, é muito importante jogar com a multipolaridade”, comentou o assessor internacional da presidência da República, Celso Amorim. “O Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina”, considerou o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao.
Dividido nos painéis “Finanças verdes: descarbonização e investimentos” e “,o seminário contou em sua abertura com o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, que considerou que os investimentos cresceram de seis para 150 bilhões em 20 anos e sustentou a necessidade ampliar projetos de portos e ferrovias, como a que poderá ligar o Brasil ao Pacífico pelo Peru. “Apesar da melhora na performance, fornecemos pouco menos de 5% do que a China consome. Isso pode e precisa ser melhorado. Devemos seguir exportando comodities, mas os produtos exportados pela China têm alto valor agregado. Podemos trabalhar juntos por mais investimentos da China no Brasil, sobretudo em infraestrutura”, ponderou.
Já o presidente do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), Walfrido Warde, destacou a importância de o país ter políticas públicas adequadas com ações governamentais, clamando pela unidade entre os poderes. “Precisamos disponibilizar de orçamento para desenvolver políticas públicas, indispensáveis ao desenvolvimento do país”, disse.
O embaixador Celso Amorim considerou ainda que a parceria sino-brasileira “dá frutos que vão muito além da parte econômica, por reequilibrar as relações internacionais”, o que foi confirmado pelo embaixador da China no Brasil. “As relações entre os dois países já ultrapassaram o âmbito bilateral”, disse, citando a aliança global contra a forme e a pobreza. “O desenvolvimento é a chave para resolver o problema da humanidade e dos países. Estamos fazendo um aperfeiçoamento do desenvolvimento econômico de alta qualidade com uma globalização econômica mais aberta e inclusiva, diante dos desafios globais emergentes”, disse, citando a integração do comércio e das cadeias de produção em setores como energia, mineração, agricultura de baixo carbono, saúde e medicina, por meio de uma cooperação internacional de investimentos voltada ainda à redução dos desastres naturais. “A amizade sino-brasileira será escrita por todos nós para os próximos 50 anos dourados das relações China-Brasil”.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que participou do final do evento, é preciso fomentar o equilíbrio entre os investimentos público e privado “para que a gente possa desenvolver o país e construir um país mais justo e fraterno”. Sobre a parceria com a China, considerou que “graças à nossa estabilidade jurídica, vivemos em um momento muito bom porque o Brasil voltou a dialogar com o mundo. Estávamos partindo para um isolamento que nos levaria à bancarrota e ao declínio desses investimentos internacionais”.
Ele também manifestou “gratidão” pela participação chinesa em leilões de linhas de transmissão, com investimentos de 20 bilhões de reais. “Elas vão destravar em torno de 200 bilhões de reais em geração de energia limpa”, disse, informando que estaria nesta sexta-feira (2/8) com o presidente Lula no Ceará para a regulamentação do hidrogênio verde no Brasil, fundamental para a produção de amônia, ureia e fertilizantes. “Isso vai ser viabilizado no Brasil para a gente produzir mais perto do nosso mercado consumidor”, disse, citando o sucesso de um leilão de petróleo na véspera, arrematado por duas empresas chinesas e a expectativa de receber o presidente da China, Xi Jinping, na reunião do G-20. “É preciso buscar o equilíbrio entre o capital, a tecnologia, a inteligência artificial para que a gente possa também agregar valor aqui. Essa sinergia é completa e absoluta entre Brasil e China”.
Finanças verdes
Há 15 anos envolvida com as relações comerciais sino-brasileiras, a diretora da Valya Negócios e Investimentos, Larissa Wachholz, enfatizou as oportunidades sobre o futuro da parceria. Entre elas, “investimentos recíprocos que colaborem com as políticas de de desenvolvimento dos dois países” e ainda “a atuação do grupo específico para a discussão climática entre os dois países”, além de “alterar a capacidade exportadora com elementos de maior valor agregado” e ainda o foco na descarbonização por meio do programa de recuperação de pastagens degradadas e da atenção à cadeia produtiva da mineração estratégica.
“Temos poucos instrumentos de financiamento do processo de exploração mineral. Há iniciativas do BNDES para isso, mas essa parceria sino-brasileira também poderia ser conduzida para este segmento, dado que a China é o principal investidor em energias renováveis do mundo e tem uma cadeia na manufatura de equipamentos para a transição energética que fazem uso de minerais estratégicos que temos no Brasil”, acrescentou, ainda na abertura do seminário. Larissa também destacou a competitividade brasileira na geração de energia elétrica limpa e a possibilidade de seu uso atrair investimentos como os fertilizantes nitrogenados verdes, que interessam à descarbonização das empresas chinesas. Larissa também abordou o incentivo ao etanol pela aviação e a navegação.
As “finanças verdes” também foram abordadas pelo presidente do BNDES. Falando em “mobilidade elétrica”, Aloísio Mercadante apontou que as importações de carros elétricos cresceram 440%. “Mas queremos que a indústria chinesa produza aqui, carros híbridos com etanol. E ônibus elétrico produzido aqui. Isso descarboniza. Também precisamos de integração das cadeias produtivas. Vamos ser líderes em produção de hidrogênio verde, podemos fazer muito mais com a China nesse esforço. Os eventos climáticos serão cada vez mais extremos e urgentes”, disse, mencionando os recursos destinados pela China para a reconstrução do Rio Grande do Sul.
Ao apontar a possibilidade de ampliar o “blend” de etanol de cana de açúcar e de milho na gasolina chinesa, representando um ótimo retorno para o setor, Aloísio Mercadante considerou que o Banco exerceu um papel de fomento da economia chinesa, destacando a necessidade de mudar a relação de exportação, gerando maior valor agregado, por meio de investimentos na neoindustrialização ou Nova Indústria Brasil.
“Tivemos um processo de desindustrialização e de financeirização. O processo de globalização está levando a uma fragmentação do ciclo geopolítico. A nova Guerra Fria não interessa ao Brasil e ao Sul global. Hoje temos um papel decisivo na segurança alimentar da China. Precisamos desenvolver as rotas de integração via oceano. Temos que voltar a investir na ferrovia que o Jorge Viana falou, pois ganharíamos duas semanas em termos de logística. Temos 3,9 bilhões de reais investidos pelo BNDES para avançar nesta e outras rotas comerciais para o Pacífico”.
A necessidade de promover o comércio em moeda chinesa para os exportadores de comodities foi uma das estratégias destacadas por ele e outros participantes. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social também comentou que a transformação digital pode ser decisiva para a economia, em áreas como serviços. “O Brasil precisa se preparar para a Inteligência Artificial. Liderar investimentos em datacenters, supercomputação e inteligência artificial, mas precisamos de mais valor agregado. Usar o crédito em áreas estratégicas”.
Conselheiro especial da BYD, Alexandre Baldy considerou que a reabilitação de uma planta industrial abandonada no município baiano de Camaçari pela montadora chinesa pode simbolizar os 50 anos das relações comerciais bilaterais. “Foram investidos 300 milhões de reais em uma planta industrial abandonada em Camaçari. Assim vamos começar a transferir a tecnologia”, comentou, informando que a marca também investe em capacidade energética e eficiência energética, inclusive com uma planta de ônibus elétricos.
Ceo da Cedro Mineração, Lucas Kallas que é preciso falar da mineração dentro da agenda positiva para a descarbonização. “Tudo passa pelo minério de ferro na indústria que tem muito a crescer na grande reindustrialização do Brasil”. Investimentos de cerca de 14 bilhões de dólares em gás, usinas solares no interior do Piauí e do Ceará e outras atividades foram destacados pelo diretor de comunicação e relações institucionais da Spic Brasil, Roberto Monteiro Jr. A empresa está há seis anos no Brasil.
Neoindustrialização
“O gás é importante na segurança energética”, diz, informando que a empresa atua com usinas com 1.7 gigas. “O próximo passo é o hidrogênio verde. Em cinco anos, demora um pouco, assim como foi a eólica e a solar. Temos esperança de que o Brasil possa liderar o hidrogênio verde, disse, citando investimentos no porto do Pecém, no Ceará. “É a neoindustrialização brasileira. Precisamos estudar a cadeia. Não existe desenvolvimento econômico sem indústria”, diz.
Com atuação até mesmo como professor em uma universidade chinesa, o economista Uallace Moreira Lima, conhecido por sua atuação no canal Conexão Xangai, no YouTube, e atual secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, considerou o papel do BNDES no fomento para a neoindustrialização, que vem sendo encampada pelo ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin.
Depois do processo de desindustrialização enfrentado na década de 1990, ele acredita ser necessário desenvolver parcerias estratégicas preocupadas com os elos das cadeias produtivas. “Datacenters, eólicas importadas, painéis fotovoltaicos, importação de carros elétricos não contribuem para a indústria brasileira. Não agrega, se não produzir. Mas se a gente fizer conteúdo de trabalho aqui, vai ser motivo de protestos”, considera Uallace.
Para ele, o Brasil tem capacidade de superar a verticalização das cadeias produtiva. “Com o Hidrogênio verde de baixo carbono, é preciso gerar cadeia. Queremos fazer com que a indústria seja de novo protagonista da geração de emprego. Gerar emprego na indústria é fundamental para reduzir a desigualdade social”, disse, citando a necessidade de cadeias industriais para o café brasileiro.
O presidente do BNDES ressaltou a necessidade de investimentos em projetos estruturais para a neoindustrialização. “Alavancar a logística, investir em políticas públicas ligadas à inovação, transição climática, transição energética, etanol e biocombustível, antes do hidrogênio verde; minério de ferro, reflorestamento produtivo. O Brasil precisa integrar as cadeias produtivas e construir junto esse salto de qualidade”.
Financiamento agrícola
Secretário de Comércio do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa considerou que “através de muita negociação”, foram abertas mais de 38 plantas frigoríficas para exportação à China. “Isso democratizou a exportação de produtos animais para a China. Em todo o país, há essa possiblidade, o que traz riqueza, renda e emprego”.
Segundo ele, o Brasil exportava 80 milhões de dólares de café para a China em 2021. “Em 2023, exportamos 280 milhões de dólares de café. Nesse ano, articulamos com a Apex, e somente uma empresa da China vai importar 500 milhões de dólares, podemos chegar a 800 milhões de dólares”.
Perosa afirma que o acordo é fruto da retomada da boa relação entre o Brasil e a China. “Temos também muito interesse em financiamento chinês. Não adianta a gente captar, se na conversão a gente tem uma perda da competividade na taxa de juros”.
O secretário citou a expectativa de investimentos chineses, estimados em 120 bilhões de dólares, em pastagens degradadas que podem ser convertidas em áreas de agricultura. “Estamos buscando investimentos em áreas já antropizadas, sem derrubar nenhuma árvore da floresta. Podemos produzir mais, mais barato e com maior descarbonização”.
Ele informou ainda que 60% da proteína animal do país são exportadas para a China. “Temos diversas cadeias em que o maior mercado é o mercado chinês”, diz, incentivando investimentos com base na diferença entre a taxa de juros dos dois países, em real e renminbi.
Essa também é a expectativa do vice-presidente do Bank of China Brasil, Hsia Hua Sheng. Informando que a instituição financeira tem feito muitas parcerias com o ministério da Agricultura e com o BNDES, ele considerou que “não adianta fazer a captação, mas também a parte da conversão”. Até hoje, diz, a maioria das transações é feita em dólar. “Queremos tentar criar mais uma alternativa para os empresários, usando a moeda local. Do ponto de vista prático, o Banco e instituições financeiras brasileiras, há outras alternativas para fazer isso, como as cartas de crédito. Com uma taxa de juros menor do que em dólar”. Hoje, a taxa de juros do Banco da China é de 2,7%.
Em sua segunda participação, Larissa Wachholz apontou que a agricultura leva o desenvolvimento ao interior, agregando valor. “Proteínas são produtos muito intensivos na geração de emprego e renda. Estão na pauta de exportação. Além da atuação governamental que acontece hoje, é preciso que o setor privado assuma a liderança da promoção dos seus produtos na China. É um comércio muito importante, que chama atenção pelos números, mas que pode ir muito além se a gente tiver uma participação mais efetiva, lá na China, para entender o que o consumidor de lá precisa”, disse, citando o exemplo do café e considerando a importância de iniciativas nos produtos lácteos, cosméticos, entre outros.
O secretário de Comunicação Social do governo, Paulo Pimenta, relatou que participou, em 2005, da missão pioneira que abriu o mercado da soja na China. Falando em transição energética, ele considerou que a relação Brasil-China foi fundamental para encontrar “o protagonismo que permite que o Brasil esteja à frente do Brics (Novo Banco de Desenvolvimento) e que ano que vem sedie a COP”. Ele também agradeceu o apoio de empresas e do governo chinês à reconstrução do Rio Grande do Sul.
A exportação de produtos agrícolas para a China foi destacada também pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. “Estamos também travando um grande intercâmbio com a China para a agricultura familiar, que tem um parque de máquinas para essa área. Temos quase cinco milhões de agricultores familiares, e queremos ter indústrias instaladas no Brasil que produzam máquinas para a agricultura familiar. O desafio é segurança alimentar, soberania alimentar”, disse, considerando que a instalação das fábricas pode seguir os modelos de joint-venture com as empresas brasileiras ou a vinda direta dessas indústrias para o Brasil. “Temos quatro indústrias no Rio Grande do Norte e uma chegando a Pernambuco. Isso beneficia não só o Brasil porque somos exportadores de máquinas para diversos países”.
Na tarde desta sexta-feira (02), o Confea lançou o Programa de Governança Digital, inspirado na Lei de Governo Digital (Lei nº 14.129/2021) e na Estratégia Nacional de Governo Digital. O programa tem como metas a digitalização de serviços, a otimização de recursos e a promoção da integração de dados e sistemas. Entre os principais objetivos estão a transformação digital, o aumento da transparência, a simplificação de processos e a segurança da informação. Com o intuito de oferecer serviços públicos digitais eficientes, integrados e centrados no cidadão, o programa busca contribuir para a redução da burocracia e o aumento da competitividade no país.
Segundo o presidente do Confea, eng. telecom. Vinicius Marchese, por meio de um Comitê de Governança Digital, o Confea vai buscar a integração dos serviços do Sistema junto a todos os Creas e a racionalização de orçamento para que os recursos do profissional sejam investidos e realmente gerem bons serviços voltados para a transformação digital, integridade, segurança cibernética e tantas outras frentes de trabalho que ficarão conectadas no programa. “Replicamos práticas bem-sucedidas do Governo Federal para lançar nosso Programa de Governança Digital, com objetivos bem definidos. Este é um passo muito importante para transparência de dados, segurança de dados e estratégia de transformação digital que iremos iniciar aqui no Confea, junto com os Creas, para atingirmos o objetivo principal que é ter bons serviços integrados para todos os profissionais, empresas, instituições de ensino e futuros profissionais do nosso país”, disse o presidente do Confea.
Nesse sentido e, seguindo a experiência do Governo Federal no aprimoramento de serviços e na geração de valor público à sociedade, profissionais e empresas, o Programa de Governança Digital do Confea/Crea e Mútua terá como parâmetros, entre outros, consolidar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e garantir a segurança das plataformas digitais do Confea, dos Crea e da Mútua; adotar tecnologia de processos e serviços em nuvem como parte da estrutura tecnológica dos serviços e setores de forma integrada; otimizar as infraestruturas de tecnologia da informação e comunicação; além de formar equipes de gestão com competências digitais.
Para a implementação desse programa, foram estabelecidos objetivos claros, além de uma estrutura e funcionalidade definidas. Isso inclui a criação do Comitê de Governança Digital e a implementação de processos de trabalho alinhados com o planejamento estratégico. O processo foi pautado pelo estudo de casos nacionais e internacionais e pela análise de melhores práticas, como as desenvolvidas pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). “Com uma estrutura de governança robusta e um plano estratégico alinhado às diretrizes nacionais, o Sistema busca se credenciar para enfrentar os desafios do futuro digital, promovendo um ambiente mais inteligente, confiável, integrado, eficiente, transparente e centrado no cidadão”, pontuou Vinicius.