A Modelagem da Informação da Construção ou Building Information Modelling (BIM) tem se consolidado como um novo paradigma para o desenvolvimento de empreendimentos de engenharia, considerando todo seu ciclo de vida, desde a concepção do projeto, o acompanhamento e controle de obras e a realização da gestão e manutenção de edificações e obras de infraestrutura. Sua utilização aprimora muitas práticas do setor da construção e traz diversos benefícios ao mercado, tanto pelo lado daqueles que participam da cadeia de produção (oferta) quanto dos proprietários e contratantes (demanda). Conforme informações do engenheiro civil e de segurança do trabalho, Filipe Ceolin de Abreu, diretor de cursos e palestras da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Marília, a AEA Marília, a norma ABNT NBR 15.965 apresenta papel fundamental para normatizar e regulamentar a aplicação dos trabalhos feitos a partir da tecnologia BIM. “A tecnologia Building Information Modelling (Modelagem da Informação da Construção) – BIM, trata-se de uma metodologia onde os profissionais vinculados à área de construção civil podem modelar por completo uma edificação que será construída, ampliada ou reformada em um ambiente virtual que possibilita a realização de diversos tipos de análises técnicas do projeto. Com a modelagem da edificação no ambiente virtual os diversos projetistas podem verificar ocorrências de interferências e incompatibilidade em seus projetos. Com isto, pode-se adotar as medidas necessárias ainda na etapa de projetos para correção dos problemas e melhoria no processo”, explicou e contextualizou o engenheiro civil.
De acordo com o Decreto n.º 10.306, de 2 de abril de 2020, emitido pela Presidência da República Federativa do Brasil, ficou estabelecido a utilização da plataforma BIM na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, no âmbito da Estratégia Nacional de Disseminação do Building Information Modelling, a denominada Estratégia BIM BR, instituída pelo Decreto n. 9.983, de 22 de agosto de 2019.
De acordo com o engenheiro civil Erick Chiarantin, que leciona treinamento sobre a plataforma BIM, uma das vantagens dessa ferramenta está associada à quantificação dos elementos. “Considere que para criar um projeto de instalações hidrossanitárias é necessário que o projetista modele os elementos do projeto como tubos, conexões ou peças sanitárias. A partir disso, o software poderá contabilizar quantos elementos têm no projeto e criar tabelas personalizadas com as quantidades dos componentes como, por exemplo, quantas curvas existem naquele projeto, quantos metros de tubo, quantas conexões serão utilizadas no sistema de esgoto, entre diversas coisas que é possível extrair dos projetos”, observou. O BIM é a obra virtual completa sobre a realidade, é a representação digital exatamente igual a construção a ser realizada. É como se pudéssemos prever o futuro e, não somente os projetos, como também os processos envolvidos, orçamentos, cronogramas, manutenções e todas as fases do empreendimento. Decretos federais que enfatizam o BIM são: Decreto nº 9.377, de 17 de maio de 2018, Decreto n.º 9.983 de 22 de agosto de 2019 e o Decreto nº 10.306, de 2 de abril de 2020. “A NBR 15.965 dispõe, de forma resumida, um sistema de classificação das informações com a finalidade de permitir a padronização para todo o Brasil da nomenclatura utilizada nos processos”, disse o engenheiro Abreu. A norma é composta por sete partes: Terminologia e Estruturas; Características dos objetos da construção; Processos da construção; Recursos da construção; Resultados da construção; Unidades e Espaços da Construção e Informação da Construção.
JULHO
02 de Julho
Fernando César Favinha – Engenheiro civil
Marcos Silva de Souza – Engenheiro civil
05 de Julho
Leonardo Salomão Aidar – Engenheiro civil
06 de Julho
Francisco Alberto Furtado – Engenheiro civil
07 de Julho
Gustavo Henrique Moretti Ferreira – Engenheiro mecânico
08 de Julho
Antônio Júlio Peres – Engenheiro eletricista
09 de Julho
Fábio Higawa – Engenheiro eletricista
11 de Julho
Wagner Paulo Prates Sanches – Engenheiro ambiental
12 de Julho
Bruno Amaral Cândido – Engenheiro civil
13 de Julho
Juliana Regina Tedesco Rodella – Engenheira de alimentos
14 de Julho
Eduardo Magnani – Engenheiro cartográfico
17 de Julho
Celso José Primo Velanga – Engenheiro civil
18 de Julho
Fernando Palu Pedroni – Engenheiro civil
19 de Julho
Francisco Carlos Faganello – Engenheiro eletricista
Luís Sérgio de Oliveira – Engenheiro civil
Osmar Reis – Engenheiro agrônomo
Paulo César Lapa – Engenheiro civil
Reinaldo Caires Ramos – Engenheiro de produção mecânica
20 de Julho
Sandro Adriano de Oliveira – Engenheiro civil
23 de julho
Aglays Silva Damaceno – Arquiteta e urbanista
26 de Julho
Gildo Pereira de Souza – Engenheiro civil
27 de Julho
Carlos Roberto Barbosa da Silva – Engenheiro mecânico
31 de Julho
Fernando Netto – Arquiteto e urbanista
Renan Fernando Miola – Engenheiro civil
Uma das metas de trabalho de uma entidade de classe, como a Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Marília, a AEA Marília, está condicionada ao aperfeiçoamento contínuo de seus associados. Desde o início da nossa gestão, periodicamente, a AEA promove capacitações, treinamentos e palestras voltadas à aprendizagem permanente e a elevar o potencial do conhecimento profissional de seu quadro associativo. Afinal, a quinta revolução industrial – a da tecnologia – bate à porta, ainda que estejamos vivendo na prática os reflexos da mudança provocada pela quarta revolução, a chamada indústria 4.0. A quarta revolução industrial consiste num conceito desenvolvido pelo economista alemão Klaus Schwab, que defendia a seguinte ideia: “A quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital (anterior)”. E essa direção nos mostra que o estudo, a aprendizagem contínua e a qualificação de modo permanente são estratégias que irão nos fortalecer cada vez mais. Em junho, por exemplo, a AEA com o apoio do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) do Estado de São Paulo promoveu por dois dias ampla capacitação sobre a plataforma BIM. A Modelagem da Informação da Construção ou Building Information Modeling – este é o significado da sigla BIM – consiste num novo paradigma para o desenvolvimento de empreendimentos de engenharia e, através do Decreto Federal n.º 10.306/2020, esta plataforma precisa ser utilizada na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal. Portanto, ampliar o conhecimento e assimilar as novas ferramentas tecnológicas à nossa volta é primordial para o êxito, indo ao encontro do princípio da valorização profissional defendido pela AEA. Novos cursos e capacitações técnicas estarão sendo promovidos dentro dos próximos meses e neste ano retomaremos o nosso tradicional jantar para homenagear os profissionais da Agronomia, Engenharia e Arquitetura. E, assim, nossa entidade consolida sua vocação em reconhecer, valorizar e aperfeiçoar todos os seus membros associados.
Joaquim R. Mendonça Júnior
Engenheiro Agrônomo
Presidente da AEA Marília
Você já deve ter se deparado com a sigla ART? Sabe o que ela significa? Importante compreender que a Anotação de Responsabilidade Técnica – a ART – é o documento que define, para os efeitos legais, os responsáveis pelo desenvolvimento de atividade técnica no âmbito das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea (Conselho Federal de Engenharia e agronomia/Conselho Regional de Engenharia e Agronomia). “Na área da construção civil, por exemplo, a ART, em síntese, é a base de toda a segurança que envolve uma obra. É um documento gerado por engenheiros, com garantia e poder de força jurídica e legal, de todas as etapas de trabalho”, contextualizou a engenheira civil Lorena Sabaini, membro do conselho fiscal da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Marília, a AEA Marília.
A Lei nº 6.496/77 estabeleceu a obrigatoriedade da ART em todo contrato para execução de obra ou prestação de serviço de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, bem como para o desempenho de cargo ou função para a qual sejam necessários habilitação legal e conhecimentos técnicos nas profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Para o profissional, o registro da ART garante a formalização do respectivo acervo técnico, que possui fundamental importância no mercado de trabalho para comprovação de sua capacidade técnico-profissional. Para a sociedade, a ART serve como um instrumento de defesa, pois formaliza o compromisso do profissional com a qualidade dos serviços prestados. A ART deve ser registrada pelo profissional antes do início da atividade técnica (conforme os dados do contrato escrito ou verbal), no Crea em cuja região será realizada a atividade. “Por exemplo, se um engenheiro civil for contratado para a direção de uma obra, que corresponde ao gerenciamento de uma obra como a reforma de uma residência ou a construção de um novo imóvel, a ART deve ser emitida com esta especificação, a de que o profissional é quem responde pela direção da obra. Tudo o que fizer, precisa estar constando neste documento”, detalhou a engenheira civil Lorena Sabaini.
Importante considerar que, caso o contrato para execução da obra, prestação do serviço ou desempenho de cargo ou função seja alterado, a ART original deverá ser substituída ou complementada. Caso a atividade técnica seja realizada em conjunto por mais de um profissional, as ARTs dos demais responsáveis técnicos serão vinculadas à ART original. A ausência do registro da ART sujeita o profissional ou a empresa à multa e a demais cominações legais. O profissional e contratante deverão guardar as vias assinadas da ART com o objetivo de documentar o vínculo contratual.
A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Marília (AEA Marília), com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, Crea São Paulo (Crea SP), ministrou em dois dias o curso completo sobre o avançado software Revit. O treinamento, gratuito, ocorreu na sede da AEA, localizada na rua Mecenas Pinto Bueno, n.º 1,207, entre os dias 24 e 25 de junho, e os participantes levaram notebook para melhor aproveitamento das instruções e técnicas. Ao final, houve sorteio de brindes distribuídos pela Mútua e AEA Marília.
Revit é um software amplamente utilizado para a modelagem e documentação de projetos de construção civil. É um programa da plataforma BIM (Building Information Modeling/Modelagem da Informação da Construção). Atualmente consiste em pré-requisito para qualquer profissional que deseja atuar nas áreas de arquitetura, engenharia e design de interiores. O software é fruto da criação e desenvolvimento da Charles River, empresa fundada em 1997 e renomada Revit Corporation em 2000, ano em que houve o lançamento da primeira versão estável.
Com recursos parametrizados, o Revit oferece agilidade, precisão e organização do seu projeto de uma forma que softwares CAD não conseguem proporcionar. O facilitador do treinamento que a AEA Marília e o Crea São Paulo ofereceram, foi o engenheiro civil Erick Chiarantin. O curso foi aberto com uma palestra institucional do Crea São Paulo e todos os participantes terão direito a certificados.
“O Revit é uma ferramenta que está no mercado algum tempo, mas no Brasil ainda é nova. Muitos profissionais têm resistência ao abandonar o AutoCad ou de outras ferramentas que estão acostumados. O BIM oferece um modo moderno de projetar”, destacou o engenheiro Chiarantin. Segundo ele, o Revit surgiu para modernizar alguns processos. “Além disso, permite economizar um tempo enorme, proporcionando uma forma mais simples de estar projetando, tanto para projetos de arquitetura, quanto para projetos de engenharia”, afirmou.
Com o avanço da complexidade das novas construções, seja uma residência de alto padrão ou um edifício de 30 andares, a metodologia tradicional de projeto já não consegue suprir a demanda e acaba se tornando ineficiente.
Para desenvolver projetos de engenharia, um engenheiro passa por várias fases de projeto, desde a concepção inicial até a entrega do projeto executivo. Em cada etapa de projeto, existem diversas informações e conteúdos que são necessários para o seu desenvolvimento, como cálculos, materiais, referências, representações e diversos outros tipos de dados que são deixados de lado na entrega final do projeto.
O método tradicional de projetar, que se baseia em linhas em pranchas em 2D, possui uma dependência muito grande da interpretação humana, por exemplo: um arquiteto desenha duas linhas paralelas visando representar uma parede, porém se essa interpretação não estiver bem definida entre todos os participantes do projeto, há o risco de alguém entender o projeto de forma equivocada. Outra deficiência dos projetos feitos na metodologia CAD é a compatibilização, já que a única maneira de tentar prever as interferências entre projetos é sobrepondo as plantas e cortes em cima de outras pranchas.
Apresentando um grande avanço na forma de projetar, a metodologia BIM, sigla de Building Information Modeling, que significa Modelagem da Informação da Construção, consiste em modelar os elementos construtivos de acordo com a própria realidade, estes elementos ricos em informações e dados que podem ser analisados em todos os softwares que operam nessa metodologia. Exemplificando: o profissional que faz um projeto estrutural e quer desenhar um pórtico composto por pilares e vigas, não desenhará linhas para representar, mas irá colocar pilares e vigas ‘’virtuais’’, ou seja, elementos que tem forma definida, comprimento, área e volume, representando o pórtico exatamente da mesma forma que será construído. Além da representação real dos elementos construtivos, é possível atribuir informações como bitola do aço a ser utilizado, resistência do concreto e até mesmo o custo desses itens.
É evidente que há uma evolução muito grande entre desenhar algo para interpretação humana e modelar o objeto real de forma virtual. Entretanto, quais são as reais vantagens disso? Como podemos utilizar o BIM para nosso benefício tanto em projeto quanto na execução? A verdade é que as vantagens que o BIM nos proporciona são tantas que seria impossível resumir em um só artigo, entretanto é possível listar alguns dos principais benefícios básicos que o BIM nos disponibiliza.
A primeira e mais básica característica de projetos BIM é a terceira dimensão. Todo e qualquer projeto sempre será realizado em 3D, o que possibilita uma melhor visualização e entendimento desde as primeiras concepções até a finalização do projeto. Também é possível criar com facilidade vistas isométricas, detalhamentos em 3D e muitos tipos de visualizações que auxiliem o entendimento do projeto e execução da obra. No entanto, é necessário um cuidado com essa informação, pois nem todo projeto em 3D é um projeto BIM, porém, todo projeto BIM será em 3D.
Outra vantagem muito importante de projetos BIM é a quantificação dos elementos. Considere que para criar um projeto de instalações hidrossanitárias é necessário que o projetista modele os elementos do projeto como tubos, conexões ou peças sanitárias. A partir disso, o software poderá contabilizar quantos elementos têm no projeto e criar tabelas personalizadas com as quantidades dos componentes como, por exemplo, quantas curvas existem naquele projeto, quantos metros de tubo, quantas conexões serão utilizadas no sistema de esgoto, entre diversas coisas que é possível extrair dos projetos.
Além das quantidades dos elementos contidos no projeto, também é possível incluir diversas informações nos componentes. É possível colocar informações sobre o preço do item, fabricante, tipo, modelo, adicionar comentários, notas e descrições, padrões de montagem, orientações de instalação e qualquer outro dado que seja importante para o elemento. Essas informações estarão no projeto, podendo ser acessadas por outros participantes do empreendimento, extraídas em tabelas ou exibidas nas pranchas. Também é possível classificar os itens de acordo com alguma característica em comum, sistema de instalação, tamanho, diâmetro, área, volume ou qualquer atributo contido no projeto.
Por último, um dos principais e mais vantajosos benefícios do uso do BIM: a compatibilização de projetos. Uma vez que os projetos são realizados em 3D, os elementos possuem dimensões reais e são compostos de dados e informações, a compatibilização se torna muito mais eficiente e precisa. Quando juntamos os projetos para verificar as interferências, visualmente já é possível encontrar incompatibilidades, porém, existem diversos softwares específicos que fazem essa verificação de forma automática, reduzindo a necessidade da interpretação humana.
O BIM é a construção virtual completa sobre a realidade, é a representação digital exatamente igual a construção a ser realizada. É como se pudéssemos prever o futuro e, não somente os projetos, como também os processos envolvidos, orçamentos, cronogramas, manutenções e todas as fases do empreendimento. Tudo está ligado utilizando o BIM, promovendo o perfeito funcionamento dos projetos, planejamentos e execução da obra.
Exemplos de iniciativas públicas bem-sucedidas e legislação vigente no estado de São Paulo foram alguns dos temas abordados durante o Fórum Estadual de Arborização Urbana do Crea-SP, realizado na Sede Angélica, em 14 de junho. Profissionais da área tecnológica e gestores públicos participaram de programação voltada a debates sobre a importância da presença de responsáveis técnicos à frente de atividades que envolvam projetos, plantios, podas, transplantes, manejos e supressão de árvores.
Representando a vice-presidente no exercício da Presidência do Conselho, Eng. Civ. Lígia Marta Mackey, o diretor administrativo do Crea-SP, Eng. Prod. Mamede Abou Dehn Júnior, destacou, na abertura do evento, que o conteúdo apresentado pode ser replicado nas cidades pelos profissionais da área tecnológica, pois contribui para mais qualidade de vida para a sociedade.
Coordenadora do Comitê Multidisciplinar de Arborização Urbana do Crea-SP, Eng. Agr. Ana Meire Coelho Figueiredo, responsável pela organização do Fórum, comemorou os resultados do trabalho efetivado pelo grupo. “Idealizávamos esse evento desde 2019, mas chegou a pandemia e tivemos que adiar. Neste ano, colhemos diversos frutos desse trabalho, como a fiscalização do Crea-SP no setor de arborização das prefeituras e a concretização desse encontro”, disse.
Superintendente de Fiscalização do Conselho, Eng. Civ. Maria Edith dos Santos, ressaltou que a arborização é uma questão de saúde pública, e, em sua palestra, compartilhou os resultados parciais da fiscalização na área. Ao todo, foram 358 Prefeituras oficiadas pelo Crea-SP, das quais 285 respostas seguem em análise.
“Após o relatório do Comitê, identificamos a necessidade de intensificar a atuação dos agentes fiscais nessas atividades. Prefeituras, empresas prestadoras de serviços de poda e corte de árvores, e concessionárias de energia estiveram no foco da fiscalização”, reforçou a superintendente.
Compuseram a mesa de abertura, ainda, a coordenadora da Câmara Especializada de Agronomia (CEA), Eng. Agr. Adriana Mascarette, e o assessor da presidência do Crea-SP, Daniel Montagnoli Robles.
Projetos de arborização urbana
Além da palestra sobre a fiscalização do Crea-SP focada em arborização urbana, ministrada pela Eng. Civ. Maria Edith dos Santos, a programação trouxe também exemplos de boas práticas para servir de inspiração aos profissionais da área tecnológica.
Estudo de caso do município de Adamantina, sobre compostagem por meio de resíduos oriundos da poda de árvores, foi apresentado pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento da cidade, Eng. Amb. João Vitor Marega.
O composto orgânico produzido pela Usina de Compostagem Municipal é distribuído aos produtores rurais de agricultura familiar, que já passaram por treinamentos e estão certificados pela Prefeitura. Na próxima etapa da cadeia agroambiental, os alimentos são vendidos para a gestão municipal no Programa de Aquisição de Alimentos (PAAM). A iniciativa tem apoio da União Europeia, através do projeto EuroClima, e da Energisa.
Para discorrer sobre o funcionamento do Programa Município VerdeAzul (PMVA), do governo do Estado, seu idealizador, o Eng. Agr. José Walter Figueiredo Silva, membro do Comitê Multidisciplinar de Arborização Urbana, tratou sobre a Resolução nº 81/2021 da Secretaria de Infraestrutura do Meio Ambiente (SIMA), que estabelece os procedimentos operacionais e os parâmetros de avaliação da certificação do programa. Além disso, destacou pontos importantes que devem constar em diagnóstico do município para cumprir ao disposto pelo governo.
Figueiredo pontuou que a arborização implantada sem planejamento ou acompanhamento profissional especializado resulta em transtornos, pois interfere nos serviços públicos e precisa ser submetida a manejos inadequados. “A arborização deve ser amparada por estudos tecnocientíficos, projetos, implementação e manutenção de custos compatíveis com o orçamento municipal. Para realizar tais atividades técnicas, é preciso contratar um profissional habilitado pelo Crea-SP, um engenheiro agrônomo ou florestal”, finalizou.